O trabalho realizado pelo enxadrista José Gobbo está começando a produzir resultados em Taquarituba. Para facilitar a obtenção de incentivos e oficializar sua existência, o Clube de Xadrez de Taquarituba foi fundado em maio de 2015 e com isso conquistou sua legitimidade.
Neste ano promoveu o Campeonato Paulista do Interior de Xadrez Dinâmico no mês de abril, com a presença do Mestre Internacional Luís Paulo Supi, evento de altíssimo nível.Priorizando as categorias de base, o xadrez taquaritubense tem sempre levado grandes delegações de jogadores sub-16, sub-18 e sub-14 para os torneios em que participa e estes tem conseguido grandes resultados: na 40ª Etapa do Circuito Solidário em Sumaré quase todos os enxadristas das categorias menores alcançaram as primeiras colocações. Isso num torneio realizado numa região forte. E não é só isso: em todos os torneios promovidos pelo Xadrez Avareense, Taquarituba papou todos os prêmios nas categorias menores e nos Jogos Escolares tem chegado longe, apesar de não ter se classificado para as finais em Taquaritinga este ano. Além disso, a equipe masculina de xadrez conquistou a medalha de ouro na 2ª Divisão dos Jogos Regionais em Oswaldo Cruz e a feminina ficou com o bronze também na 2ª Divisão e pela primeira vez Taquarituba levou duas equipes de xadrez para os Jogos Abertos. Em que pese o resultado da equipe masculina nos Jogos Abertos (0v,3e,4d), devemos lembrar que esta jogou desfalcada dos jogadores adultos, somente tendo jogados os meninos da base, que tiveram que enfrentar jogadores mais experimentados e fortes. Já a equipe feminina, foi melhor (2v,2e,3d), ficando na 8ª posição, à frente de equipes de mais tradição como Araçatuba e Indaiatuba, o que não deixa de ser um bom resultado.
São dois anos de trabalho intensivo que começam a produzir resultados e isso não pode ser descontinuado: a média baixa de idade dos jogadores permite realizar um trabalho que certamente produzirá jogadores de alto nível técnico a longo prazo. Daqui a um ou dois anos, certamente essa molecada vai dar trabalho na região, jogando em pé de igualdade com os jogadores top de Avaré, Bauru, São Manuel, etc. Para isso, será necessário que os jovens adquiram uma experiência maior em torneios de grande porte, aproveitando a oportunidade no momento em que eles ocorrerem em cidades mais próximas. Confesso que me surpreendeu o fato de Taquarituba não ter enviado nenhum enxadrista para a fortíssima etapa da Liga do Enxadrista em Bauru-SP. Talvez o fato de a inscrição ser paga acabou pesando. Seu isolamento geográfico também é um entrave a ser batido: A cidade mais próxima que possui enxadristas é Avaré, a uns 70 kms, que está reconstruindo seu xadrez e o polo enxadrístico forte mais forte é Bauru, a uns 200 kms de distância, que também está ressurgindo dos escombros. Assim, para qualquer torneio forte, a rapaziada vai passar no mínimo umas duas horas de carro pra jogar.
Bom, "no pain, no gain". É o sacrifício necessário pra subir ao topo.
E é isso!
Atualização: Às 11h56min de hoje (03/10), recebi in box uma mensagem da vice-presidente do Clube de Xadrez de Taquarituba, Ester Rebecca Filipini, apresentando esclarecimentos sobre alguns pontos explanados nesta postagem:
- Assim como o José Gobbo, ela (Ester) tem tomado à frente de algumas coisas, enquanto Gobbo, de outras.
- As meninas do xadrez feminino não jogaram desfalcadas, mas sim, jogou o time completo, ou seja, a força máxima.
- A dificuldade de eles não terem enviado atletas para a Liga é que TODOS que estão em Taquarituba (exceto Eduardo), são menores de idade, enquanto ela (Ester) estuda na UFSCar , e Márcio e José Gobbo trabalham em São Carlos (SP), o que dificultam as coisas. Mesmo assim, sempre que possível acompanham e levam os jogadores, sendo que seu próximo compromisso será em Assis, no dia 16 de outubro, onde irão 15 atletas.
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